Manual de bordo – 2023

Centro Para Juventude – CJ

O Centro para Juventude (CJ), do Instituto Ana Rosa, é um espaço de convivência, experimentação e formação de jovens com idade entre 15 e 17 anos. Tem como objetivo garantir aos participantes a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências técnicas profissionais, assegurando o desenvolvimento integral de jovens ampliando, assim, suas chances de inserção futura no mundo do trabalho.
Também são finalidades deste espaço: promover situações em que os adolescentes possam aprofundar uma reflexão sobre si mesmos, suas famílias e contextos de vida; e encontrar, individual e coletivamente, alternativas criativas para enfrentar diferentes desafios.
Você está recebendo o nosso “Manual de bordo”, publicação que apresenta informações para que todos se sintam acolhidos e, a partir desta experiência, encontrem oportunidades para desenvolver as suas potencialidades. Contém, entre outras coisas, regras que visam assegurar um bom funcionamento do CJ e a manutenção de relações interpessoais pautadas em valores indispensáveis para o respeito daqueles que, todos os dias, frequentam este equipamento. Esperamos que a leitura desse material auxilie jovens, como você, – ao lado de sua família – a entender a proposta do Instituto Ana Rosa e estejam animados com o desafio de construir conosco um itinerário de aprendizagem e experimentação.
Boa leitura!

Equipe do Centro Para Juventude do Instituto Ana Rosa

1 – Apresentação
O Centro para Juventude (CJ), do Instituto Ana Rosa, localizado na zona oeste de São Paulo, dedica-se ao atendimento de jovens pertencentes a famílias de baixa renda e moradores dos cinco distritos que compõem a Subprefeitura do Butantã (Butantã, Morumbi, Raposo Tavares, Rio Pequeno e Vila Sônia). Este espaço tem como principal objetivo contribuir para a construção da autonomia e dos processos de inserção e emancipação juvenil, por meio da oferta de cursos de qualificação profissional e de atividades socioeducativas centradas no desenvolvimento integral, na experimentação e na reflexão crítica. Para tanto, oferece um leque heterogêneo de atividades comprometidas com o atendimento dos seguintes objetivos específicos:
● Auxiliar os jovens no delineamento de seus planos de futuro, considerando seus anseios e contextos socioeconômicos, além das possibilidades de acesso a políticas e programas que promovam seus direitos e a satisfação de suas expectativas;
● (Re)conhecer as práticas sociais, culturais e recreativas dos jovens como ponto de partida para a construção de diálogos intergeracionais, promovendo o intercâmbio de referências e de experiências entre educandos e educadores;
● Assegurar a aprendizagem de conhecimentos e auxiliar no desenvolvimento de habilidades necessárias para o ingresso no mundo do trabalho, em especial, nas áreas de Elétrica, Gastronomia , Gestão e Tecnologia;
● Criar situações que promovam a aprendizagem de valores, tais como: solidariedade, responsabilidade consigo mesmo e com o bem comum, respeito à dignidade humana, consideração ao pluralismo de ideias, combate a quaisquer formas de discriminação e violência, e atenção às regras democráticas;
● Ampliar as possibilidades de expressão de jovens a partir de diferentes suportes e linguagens, bem como o desenvolvimento de um olhar crítico-reflexivo sobre os diferentes contextos e meios de comunicação. Desde o momento da inscrição, os jovens matriculados sinalizam a preferência por uma das áreas de qualificação profissional oferecidas. Todos eles contam com um itinerário formativo, especialmente estruturado por nossos educadores, respeitando a carga horária e os parâmetros de formação estipulados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Assim, ao final recebem certificados de participação, emitidos tanto pelo Instituto Ana Rosa, quanto por este parceiro técnico. Além de atividades destinadas à aquisição de competências teórico-práticas  fundamentais à futura atuação laboral nessas áreas –, os jovens participam de oficinas, bate-papos e rodas de conversa que têm como objetivo promover o desenvolvimento de habilidades importantes à participação em diferentes domínios da vida social. A oferta dessas atividades resulta da avaliação de que os desafios a serem enfrentados pelos jovens em seus processos de aquisição de autonomia e independência, bem como daqueles relacionados à inserção social, requerem a aquisição de um leque mais amplo de conhecimentos, além do desenvolvimento de competências necessárias a uma série de práticas sociais. Temos acompanhado, por exemplo, um processo de intensa transformação tecnológica que incide sobre a própria configuração do mundo do trabalho. Nesse cenário, tem-se tornado comum a ideia de que as chances de conquista e permanência dos jovens no trabalho são resultado de uma série de habilidades que vão sendo exigidas e aperfeiçoadas de acordo com a experiência adquirida por cada um, entre as quais: capacidade de expressão; trabalho em grupo; gerenciamento de situações novas; apresentação de soluções criativas para equacionar problemas e dificuldades; elaboração de planos e a respectiva eficiência para executá-los. Ademais, em um cenário de precarização e desemprego crescente, torna-se importante que os jovens saibam avaliar criticamente suas experiências, evitem situações degradantes e encontrem alternativas para lidar com o desafio de inserção. Em vista dessa realidade, além de cursos de qualificação profissional, os jovens participam de atividades heterogêneas de oficinas socioeducativas. Essas atividades compõem parte do itinerário formativo proposto aos jovens pelo CJ. São elas:
● Mundo do Trabalho
● Convívio
2 – Horário de funcionamento
As atividades oferecidas pelo CJ, do Instituto Ana Rosa, acontecem todos os dias da semana (segunda a sexta-feira), em dois turnos. Eventualmente, ocorrem festas de confraternização, eventos, oficinas, reuniões, palestras e outras atividades também nos finais de semana. Abaixo você encontra o horário habitual de acesso e funcionamento de nossa sede:
● Entrada:
Período da Manhã – entrada das 7h30 às 8h00
Período da Tarde – entrada das 13h às 13h30
● Horário do café:
Período da manhã – 7h30 às 8h00
Período da tarde – 16h45 às 17h
● Horário de cursos e oficinas:
Período da manhã – 8h00 às 11h30
Período da tarde – 13h30 às 16h45
● Horário do almoço:
Período da manhã: 11h30 às 12h
Período da tarde: 13h às 13h30

É imprescindível que todos se esforcem para zelar pelo cumprimento desses horários. Em primeiro lugar, porque o desrespeito às normas reverbera diretamente na qualidade das atividades socioeducativas planejadas, não prejudicando somente o “atrasado”, mas também os colegas de turma. Além disso, o Instituto Ana Rosa abriga outros serviços educacionais e socioeducativos, tais como um Centro de Educação Infantil (CEI) e um Centro para Crianças e Adolescentes (CCA). O atendimento das crianças e o trabalho dos profissionais que atuam com elas – inclusive daqueles que se encarregam da recepção de usuários e da provisão de alimento para todos –, não devem ser prejudicados em decorrência das nossas dificuldades. Situações excepcionais, que possam inviabilizar o respeito a esses horários, devem ser reportadas aos educadores, que tomarão, caso haja possibilidade, providências para assegurar a sua permanência no CJ.

3 – Normas do CJ do Instituto Ana Rosa
O CJ, do Instituto Ana Rosa, é um espaço de convivência, formação e experimentação destinado para jovens de 15 a 18 anos incompletos. Diariamente, circulam por suas dependências pouco mais de 240 jovens e 09 educadores, que compartilham o espaço do Instituto com crianças e adolescentes matriculados no CEI e no CCA. Nesse quadro, torna-se importante o respeito a um conjunto de regras que garantam a construção de uma boa convivência social e o fluxo tranquilo das atividades desenvolvidas. De outra parte, sendo uma das finalidades do serviço disseminar entre os jovens valores democráticos – e comprometidos com a defesa dos direitos humanos, tem-se como princípio que tais regras devem reverberar na conformação de um ambiente solidário e plural, onde as práticas e rotinas socioeducativas sejam pautadas no respeito e no reconhecimento das diferenças que existem entre os sujeitos. As regras e normas do CJ buscam, nesse sentido, oferecer parâmetros que servem de bússola para: As relações interpessoais e de convivência
● Em um espaço por onde circulam pessoas com experiências e trajetórias diversas, é comum que se manifestem visões de mundo e pontos de vista heterogêneos. É na troca de ideias que se pode reconhecer e respeitar a diversidade de opiniões, que requer o exercício de escuta, compreensão, diálogo e tolerância ao(s) diferente(s);
● Satisfazer esses requisitos, às vezes, figura como uma tarefa difícil. Se isso acontecer, não se exalte com seu interlocutor e tampouco o trate de maneira violenta. Procure um educador ou um representante da coordenação, pois faz parte do trabalho desses profissionais atuar na mediação e resolução de conflitos;
● A violência verbal e física mina qualquer possibilidade de diálogo, além de contrariar o princípio de respeito. A tarefa de evitar condutas violentas é uma tarefa de todos, sendo essas condutas passíveis de sanções que vão da advertência até o desligamento;
● Sendo um espaço de convivência e sociabilidade juvenil, repudiamos quaisquer formas de discriminação de classe, raça, gênero, orientação sexual, religião etc. Também rechaçamos apelidos pejorativos e piadas que humilhem jovens, educadores e demais profissionais;
● Praticar valores essenciais para boa convivência implica na adoção do uso cotidiano de saudações como: bom dia, boa tarde, boa noite, por favor, com licença, desculpe e obrigado(a). Também requer o esforço em identificar e dirigir-se às pessoas fazendo uso do nome delas;
● Durante as atividades socioeducativas, a utilização de celulares, tablets e notebooks deve restringir-se ao cumprimento das atividades propostas por educadores e/ou estabelecidas pelo conjunto da turma. Quando figurarem como itens dispensáveis para o bom andamento de oficinas/aulas, recomenda-se que estes equipamentos permaneçam desligados e guardados 1 ;
● Manifestações de afeto e de amizade são bem-vindas, desde que sejam demonstradas de maneira comedida e respeitando limites estabelecidos no interior de um espaço onde transitam pessoas de diferentes faixas etárias Namoros e relacionamentos correlatos dizem respeito à vida íntima/privada

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¹ A instituição não se responsabiliza por esses itens ou por quaisquer outros que venham a ser danificados ou desapareçam em suas dependências.

dos jovens, devendo ser a expressão dessas relações ressignificadas nos espaços do Instituto.

Acesso aos espaços e dependências:
● Os usuários devem se apresentar vestidos conforme os seguintes parâmetros de adequação:
o Calças compridas e camisetas podem ser customizadas, uso de calças compridas é obrigatório nos laboratórios de Gastronomia e de Elétrica,
por motivos de segurança² ;
o O uso de regatas é proibido nos laboratórios de Gastronomia e Elétrica por questões sanitárias e de segurança, bem como, o uso de adornos;
o É recomendado o uso de sapatos fechados como tênis, botas, sapatilhas e alpargatas;

● Os jovens poderão utilizar bicicletas como meio de transporte, fazendo uso, inclusive, do bicicletário do instituto para guardá-las – desde que providenciem e façam uso de correntes e/ou cadeados³ . É proibido, no entanto, o uso desse equipamento nas dependências do Instituto Ana Rosa.
A pontualidade e assiduidade:
● Os jovens devem comparecer às atividades respeitando os horários de entrada e saída do CJ.
o Desde que cheguem à sede da instituição em horário compatível com o início das atividades socioeducativas, o café da manhã e o almoço serão garantidos gratuitamente aos usuários matriculados no turno da manhã; almoço e lanche serão servidos àqueles inscritos no período da tarde;

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² O uso de calças compridas é obrigatório nos laboratórios de Gastronomia e de Elétrica, por motivos de segurança.
³ Também neste caso, a instituição não se responsabiliza por quaisquer danos que, porventura, venham a ocorrer com as bicicletas.

o Será tolerado um atraso de 15 minutos dos jovens às atividade socioeducativas; a partir de então, será registrado pelos educadores.
o Havendo grande recorrência de atrasos, competirá à coordenação do CJ, do Instituto Ana Rosa, estabelecer diálogo com os usuários e suas respectivas famílias, com a finalidade de equacionar o problema;
o O acesso de jovens que ultrapassem o limite de uma hora de atraso será realizado somente mediante a apresentação de atestado médico, escolar e/ou de obrigações civis que justifiquem o ocorrido;
o A saída antecipada de jovens será permitida somente com autorização escrita dos responsáveis, ou, no caso de emergência, mediante contato telefônico;

● A permanência dos jovens no CJ está condicionada à frequência mínima mensal de 85% das atividades socioeducativas realizadas pelo serviço, parâmetro que também delimita a conquista dos certificados emitidos pelo Instituto e pelo SENAI;
o O jovem poderá justificar as ausências por um dos seguintes motivos: i.) consultas médicas, odontológicas e psicológicas; ii.) problemas de saúde que impeçam o deslocamento urbano ou a convivência com outras pessoas; iii.) acidentes pessoais; iv.) falecimento de familiares; v.)
obrigações militares; vi.) serviço público obrigatório; vii.) atividades escolares realizadas fora do horário regular; viii.) participação em vestibulares e Enem;
o Nesses casos, o abono de faltas será realizado mediante a apresentação de atestados que comprovem as razões da(s) ausência(s). Tais comprovantes devem ser entregues à coordenação do CJ no primeiro dia de seu retorno às atividades socioeducativas;
o Havendo três faltas consecutivas às atividades socioeducativas, a coordenação entrará em contato com pais e responsáveis para informar este fenômeno e identificar os motivos. Na persistência de um número elevado de ausências, sem justificativa prévia, o jovem será desligado
do serviço.

A preservação dos espaços físicos e dos materiais:
Salas de aula, espaços multiuso, laboratórios, auditórios e outras dependências do CJ devem permanecer limpos e organizados – situação que necessita da cooperação de jovens e educadores que, ao final das atividades, devem observar: a distribuição correta de carteiras e cadeiras, a limpeza da lousa, o apagamento das luzes, o desligamento de ventiladores e computadores, além do depósito de lixo nas respectivas lixeiras;

o A limpeza de louças, talheres, panelas e demais utensílios, utilizados nos laboratórios de Gastronomia, são de responsabilidade das turmas que frequentam esse espaço. A organização dos jovens para realização dessa atividade de limpeza será acordada entre eles e os educadores responsáveis por esse espaço;
o Em todas as salas de aula, espaços multiuso e laboratórios estão dispostos um kit com vassoura e pá de lixo, que podem ser utilizados pelos jovens para a preservação da limpeza dessas dependências. A organização dos jovens para a conservação da limpeza desses espaços será combinada entre eles e os educadores responsáveis pelas turmas;
o “A utilização da garrafa individual de água será necessária para que não haja contaminação nos bebedouros. Temos copos descartáveis disponíveis caso algum usuário esqueça sua garrafinha, entretanto, reforçamos a importância do uso das garrafas por uma questão de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente.”

● Jovens, educadores e demais membros da equipe devem zelar pela manutenção da qualidade do espaço do CJ, assim como assegurar a conservação de seus equipamentos e materiais. Caso ocorra algum dano ao patrimônio, pais e responsáveis poderão responder pelo prejuízo;
● Equipamentos eletrônicos tais como câmeras de vídeo, câmeras fotográficas, computadores, notebooks, tablets, impressoras, óculos de realidade virtual, utensílios de cozinha etc. são patrimônio do CJ, do Instituto Ana Rosa, e de uso coletivo. A supressão desses itens dos laboratórios, para uso individual, será considerada infração grave. No caso de apropriação indevida de patrimônio, os jovens serão orientados a fazer a devolução do item adquirido de maneira indevida, e os responsáveis serão notificados sobre a ocorrência.
Na impossibilidade de devolução dos itens que foram apropriados indevidamente, os pais e responsáveis poderão responder pelo prejuízo causado. A ocorrência deste evento será imediatamente comunicada à autoridade competente: Centro de referência em Assistência Social (CRAS).
O consumo de drogas e outras substâncias nocivas à saúde:
● É vedado aos jovens o porte e o consumo de cigarros, de bebidas alcóolicas e de outras substâncias nocivas à saúde nas dependências do CJ, do Instituto Ana Rosa;
● O porte e consumo dessas substâncias, no interior do CJ, é considerado uma falta grave, sendo imediatamente objeto de sanções que vão desde o registro – e imediata comunicação aos responsáveis – até o desligamento das atividades realizadas pelo serviço.

4 – Participação dos jovens e das famílias

A participação dos jovens – e de responsáveis adultos – no delineamento, execução e avaliação das atividades realizadas é considerada fundamental, pois a partir desta iniciativa que surge a possibilidade do CJ, do Instituto Ana Rosa, adequar-se às suas demandas, necessidades e desafios das atividades estruturadas para o usufruto da população. Por essa razão, todas as iniciativas realizadas pelo serviço têm como ponto de partida um diagnóstico, que cumpre a finalidade de conciliar nossos objetivos aos anseios e dificuldades de moças e rapazes e suas respectivas famílias.
Essa iniciativa é constantemente atualizada através de bate-papos – e de avaliações parciais, bem como do trabalho de escuta conduzido por educadores e pela equipe de coordenação, que procura manter uma relação de escuta com os principais atores de qualquer processo socioeducativo: os educandos. Além da abertura constante para o diálogo, pensando em ampliar os canais de interlocução e de participação dos jovens do CJ, são promovidas uma série de ações que visam melhorar a comunicação, tais como:
Uma Assembleia Anual de Jovens, na qual todos são convidados a estabelecer diálogo e propor consensos sobre as regras e normas que regem o cotidiano das atividades, as relações pessoais e a manutenção das condições de funcionamento do espaço, ou seja, problematizam e podem apresentar alternativas para a adequação do presente manual de Bordo; Um Conselho de Juventude, composto por 26 integrantes (13 titulares e 13 suplentes), eleitos por suas respectivas turmas. O Conselho figura como um espaço de participação dos jovens e de participação dos jovens e de partilha de responsabilidades em torno das rotinas e do cotidiano de todos aqueles que frequentam e trabalham neste espaço. Seus membros realizarão reuniões ordinárias, uma vez por mês, para identificar, analisar e discutir questões/pautas advindas dos próprios jovens. A cada três meses, estabelecerão diálogos com a equipe de coordenação para compartilhar agendas e encaminhar demandas do conjunto de usuários do serviço;
Bate-papos, reuniões e encontros com famílias e responsáveis para tratar de questões relacionadas ao desenvolvimento dos jovens, assegurando maior integração entre o trabalho socioeducativo realizado pelo CJ, do Instituto Ana Rosa, e aquele promovido pela própria família dos indivíduos. Tais atividades podem ser realizadas exclusivamente com a participação de pais e responsáveis e também prever a presença de jovens.

5 –  Sistema de avaliação

Como qualquer atividade socioeducativa comprometida com o desenvolvimento integral de moças e rapazes, os itinerários educativos construídos e realizados são objeto de monitoramento e avaliação. Essas práticas resultam do compromisso do Instituto Ana Rosa de identificar as aprendizagens dos jovens vinculados aos seus serviços, bem como de produzir indicadores que assinalem rumos para melhorar a qualidade dos serviços prestados aos jovens. Além disso, a informações produzidas a partir das estratégias de monitoramento e avaliação são utilizadas na prestação de contas realizadas pela instituição aos jovens, famílias, comunidades e parceiros. Fazem parte do sistema de monitoramento avaliação do CJ:

Avaliação dos processos

● Monitoramento e avaliação da frequências;
● Monitoramento e avaliação das atividades;
● Monitoramento e avaliação de educadores;
● Avaliação de satisfação (jovens e família).

Avaliação das aprendizagens

– Registro das atividades pedagógicas realizadas;
– Feedback semestral;
– Debate entre os jovens;
– Trabalho em grupo;
– Autoavaliação;
– Portfólio dos trabalhos no ano;
Sendo o principal objetivo do CJ do Instituto Ana Rosa contribuir para a construção da autonomia e da cidadania de jovens, considera-se que o monitoramento e a avaliação dos processos e das aprendizagens são tarefas de toda a coletividade e de cada jovem. Essa aposta não significa eximir educadores nem da responsabilidade de avaliar as atividades realizadas por eles, nem das aprendizagens dos educandos. Entretanto, supõe-se que estes últimos também sejam incitados a emitir percepções acerca dos processos socioeducativos, além da maneira como se percebem enquanto indivíduos engajados em experiências heterogêneas de aprendizagem. Importante destacar que, ao final de cada ano, a emissão de certificados aos jovens está condicionada ao desempenho demonstrado por eles em algumas dessas avaliações, em especial: monitoramento e avaliação da frequência, avaliação da participação, avaliação dos resultados e autoavaliação dos jovens.

6 – Formas de comunicação com jovens e famílias

Passeios, visitas e excursões

O CJ do Instituto Ana Rosa incentiva a participação dos jovens em festivais de música, visitas a centros e equipamentos culturais, etc. Essas atividades, sempre que programadas, são informadas com antecedência às famílias, que devem autorizar por escrito a participação de seus jovens, mesmo quando já atingiram a maioridade legal (18 anos).
Ainda sobre a realização de atividades externas, é importante assinalar que:
● O Instituto Ana Rosa dispõe de um formulário específico de autorização, que contém logo da instituição e de seu principal parceiro: a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social (SMADS) da Prefeitura de São Paulo;
● A participação dos jovens a essas atividades é gratuita, não estando condicionada ao pagamento de nenhuma taxa de transporte, de ingresso ou de lanche;
● Atividades externas são programadas e realizadas em horários compatíveis com a frequência dos jovens na escola. Ou seja, não há, da parte do Instituto Ana Rosa, incentivo para que os jovens faltem às aulas.

Atividades com as famílias

Atividades que preveem a participação de pais e responsáveis são comunicadas com antecedência. Para tanto, são mobilizadas diferentes estratégias para fazer chegar a esses atores a informação sobre eventos como reuniões, festas de confraternização, mostras etc. São estas:
● Panfletos e cartas impressas, descrevendo atividades a serem realizadas, bem como objetivos, datas e horários;
● Panfletos e mensagens eletrônicas, publicadas em nossas redes sociais (Facebook e Instagram) e encaminhadas por meio de aplicativo de mensagem instantânea (WhatsApp);
● A coordenação do CJ do Instituto Ana Rosa, em caráter excepcional, pode realizar ligações telefônicas para solicitar a presença das famílias em algum encontro ou reunião.

Grupos virtuais de jovens e educadores

● Utilizamos um aplicativo de mensagem instantânea (WhatsApp), por meio da criação de grupos por turma e período, para agilizar a comunicação de educadores/coordenação com jovens e destes com seus colegas. A utilização desse recurso, no entanto, está condicionada a duas exigências:
o Está reservada a informes relacionados às rotinas, atividades formativas e socioeducativas desenvolvidas;
o Todos os usuários devem respeitar as mesmas regras de convivência estipuladas para as interações presenciais: o respeito às opiniões, o repúdio a quaisquer formas de discriminação, o rechaço do uso de apelidos pejorativos ou degradantes.

CJ do Instituto Ana Rosa
Contatos: 11 3746-1706

Equipe de coordenação
Tais Aparecida – Coordenadora
Natanael Gonçalves – Assistente Técnico
Ana Claudia Brito – Auxiliar Administrativo

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Confirmo ter recebido e lido o “Manual de Bordo” do CJ do Instituto Ana Rosa.

São Paulo, 03 de fevereiro de 2023.

Nome do jovem: _______________________________________________

Assinatura: _______________________________________________

Nome do responsável: _______________________________________________

Assinatura: _______________________________________________

[1] A instituição não se responsabiliza por esses itens ou por quaisquer outros que por ventura venham a ser danificados ou desapareçam em suas dependências.

[2] O uso de calças compridas é obrigatório nos laboratórios de Gastronomia e de Elétrica, por motivos de segurança.

[3] Também neste caso, a instituição não se responsabiliza por quaisquer danos que, porventura, venham a ocorrer com as bicicletas